Fallahi Dança Do Ventre compartilhou a foto de Lulu Hartenbach.
Qualidade x Comércio
Arte x Vendas
Verdades x Mentiras
Ok todos temos que sobreviver a partir da atividade que nos propomos a exercer na vida, no meu caso é a dança, e a partir dela desenvolvo minhas atividades. Ensino, promovo eventos culturais e divido um espaço estruturado com outros profissionais da mesma área, onde temos uma base confortável para desenvolver nossas atividades de dança.
O que me angustia em nosso meio, são os mercadores da dança. Aquelas pessoas que não fazem dança, não praticam, não estudam mas apenas vendem o resultado dos estudos de outros e se apropriam do direito de julgar a qualidade daquilo que desconhecem totalmente.
Eu pergunto, como um capoeirista poderia avaliar um pianista?
Como um vendedor poderia avaliar um bailarino?
Já trabalhei no lugar que hoje em dia pensa que “decide “o que tem ou não qualidade em termos de dança por aqui. Me coloco claramente contra as regras estabelecidas neste local pois a qualidade, experiência, e alto nível de dança não são absolutamente levados em consideração como guia para a classificação de qualidade em dança oriental.
Coloco entre aspas a palavra decide, pois a decisão sobre o valor da dança em nosso país não é nem nunca será dado por um local ou por alguém que nunca vivenciou a dança em seu próprio corpo. Um músico pode falar de música tecnicamente, um bailarino pode falar sobre dança e por aí vamos....
Qualidade artística é medida pelo impacto de um agente no público que o assiste, na emoção que pode ser acordada, na impressão que é deixada além do momento da performance. O impressionante não é necessariamente emocionante.
Não podemos fazer escala com números para decidir se alguém é nível 1 2 3, sem protocolo ou explicação. Isso não existe. Não podemos esquecer nomes, ou carreiras simplesmente por gosto pessoal, apagar históricos e ainda assim vender sua avaliação como digna de nota, e pior ainda, como uma casa que honra a arte!
Honra e comércio são duas coisas que podem sim ser misturadas com maestria mas este não é o caso, e enquanto a busca por sucesso rápido e vendas de aulas preparatórias imperar, a mentira também terá espaço garantido, neste meio que já foi sim, muito cuidado, numa casa que também já foi no passado, um templo de dança, mas que não é mais,
O templo agora se mudou, está nas escolas daquelas que criam em seus espaços, o respeito pelo outro, pela verdade, e pela busca. A honestidade de reconhecer tudo o que já aconteceu, a trajetória daquelas que vieram antes, e a hierarquia natural, nascida da experiência de caminhos trilhados no passado.
Eu honro, especialmente o que ja passou...pois o futuro ainda não existe!
Arte x Vendas
Verdades x Mentiras
Ok todos temos que sobreviver a partir da atividade que nos propomos a exercer na vida, no meu caso é a dança, e a partir dela desenvolvo minhas atividades. Ensino, promovo eventos culturais e divido um espaço estruturado com outros profissionais da mesma área, onde temos uma base confortável para desenvolver nossas atividades de dança.
O que me angustia em nosso meio, são os mercadores da dança. Aquelas pessoas que não fazem dança, não praticam, não estudam mas apenas vendem o resultado dos estudos de outros e se apropriam do direito de julgar a qualidade daquilo que desconhecem totalmente.
Eu pergunto, como um capoeirista poderia avaliar um pianista?
Como um vendedor poderia avaliar um bailarino?
Já trabalhei no lugar que hoje em dia pensa que “decide “o que tem ou não qualidade em termos de dança por aqui. Me coloco claramente contra as regras estabelecidas neste local pois a qualidade, experiência, e alto nível de dança não são absolutamente levados em consideração como guia para a classificação de qualidade em dança oriental.
Coloco entre aspas a palavra decide, pois a decisão sobre o valor da dança em nosso país não é nem nunca será dado por um local ou por alguém que nunca vivenciou a dança em seu próprio corpo. Um músico pode falar de música tecnicamente, um bailarino pode falar sobre dança e por aí vamos....
Qualidade artística é medida pelo impacto de um agente no público que o assiste, na emoção que pode ser acordada, na impressão que é deixada além do momento da performance. O impressionante não é necessariamente emocionante.
Não podemos fazer escala com números para decidir se alguém é nível 1 2 3, sem protocolo ou explicação. Isso não existe. Não podemos esquecer nomes, ou carreiras simplesmente por gosto pessoal, apagar históricos e ainda assim vender sua avaliação como digna de nota, e pior ainda, como uma casa que honra a arte!
Honra e comércio são duas coisas que podem sim ser misturadas com maestria mas este não é o caso, e enquanto a busca por sucesso rápido e vendas de aulas preparatórias imperar, a mentira também terá espaço garantido, neste meio que já foi sim, muito cuidado, numa casa que também já foi no passado, um templo de dança, mas que não é mais,
O templo agora se mudou, está nas escolas daquelas que criam em seus espaços, o respeito pelo outro, pela verdade, e pela busca. A honestidade de reconhecer tudo o que já aconteceu, a trajetória daquelas que vieram antes, e a hierarquia natural, nascida da experiência de caminhos trilhados no passado.
Eu honro, especialmente o que ja passou...pois o futuro ainda não existe!
Agradeço as pessoas e organizações que agora estão compondo nosso meio e
buscam reverberar todas as manifestações presentes, compartilhando
conhecimento e levando a informação ao maior número de pessoas de forma
acessível e viável!
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